quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

GERENCIAMENTO DE PROJETOS - PMI


A importancia do Gerenciamento de Projetos

A humanidade planeja e gerencia projetos – construindo estradas e mega-estruturas como as pirâmides do Egito ou o Coliseu em Roma – desde o início da civilização. Mesmo sem as ferramentas, técnicas e metodologias que temos atualmente, as pessoas ainda gerenciavam para criar prazos de projeto, controlar custos, programar materiais e recursos e avaliar riscos.
Ao longo do tempo, elas perceberam que técnicas de controle de custos, criação de prazos, aquisição de recursos e gerenciamento de riscos podiam ser aplicadas a uma ampla série de projetos, seja de aterrissagem na lua ou de exploração offshore para encontrar petróleo ou de desenvolvimento de sistemas de informação. Embora o gerenciamento de projetos como prática já exista há séculos, só foi reconhecido formalmente como profissão após a 2a. Guerra Mundial.
Atualmente, o gerenciamento de projetos é definido como a aplicação de conhecimento, de habilidades, de ferramentas e técnicas a uma ampla gama de atividades para atender aos requisitos de um determinado projeto. Os gerentes de projetos fazem isso ao padronizar tarefas rotineiras para obter resultados repetitivos e reduzir o número de tarefas que poderiam ser negligenciadas ou esquecidas.
De acordo com Clarify (2009) sua abordagem estende-se ao conhecimento de:

Ciclo de vida de um projeto
Processos
Gerência de integração
Gerência de escopo
Gerência de prazo
Gerência de custo
Gerência de qualidade
Gerência de recursos humanos
Gerência de comunicação
Gerência de riscos
Gerência de aquisições/contratos

O gerenciamento de projetos obteve reconhecimento nas últimas décadas devido às mudanças significativas no local de trabalho que incluem:
Complexidade dos projetos e serviços atuais;
Intensa concorrência global;
Necessidade de aumento da produtividade, pois um número menor de pessoas é chamado para fazer mais trabalho;
Facilidade de acesso às informações através de vastas redes de comunicação;
Clientes mais sofisticados que exigem bens e serviços com melhor qualidade;
Crescimento tecnológico exponencial;
Organizações multinacionais procurando estabelecer práticas uniformes para o gerenciamento de projetos.
O PMI acredita que um gerenciamento de projetos eficaz é indispensável para converter estratégias de negócios em resultados positivos de negócios. Por causa da crescente competição no mercado global, hoje em dia os gerentes estão sob grande pressão para entregar projetos nos prazos e dentro (ou abaixo) do orçamento. Para realizar isso, é preciso estabelecer prazos, definir tarefas, identificar itens de caminho crítico, especificar e adquirir materiais, acompanhar custos e o valor agregado. O planejamento das comunicações é essencial e necessário para que a gerência superior possa ser informada sobre o andamento do trabalho possibilitando que determinadas medidas sejam tomadas quando as coisas começarem a sair do eixo. Todas essas práticas fazem parte do gerenciamento de projetos.

Acima temos o video que exemplifica a falta de Gerenciamento.

Hoje em dia, o gerenciamento de projetos é encontrado em muitos setores diversos como construção, sistemas de informação, saúde, serviços financeiros, educação e treinamento. As pessoas que lideram projetos têm atualmente formações diversas e trazem para seus cargos níveis de experiência diferentes como profissionais que trabalham no ambiente de gerenciamento de projetos (fonte pmi.org.br)

ARQUITETURA SUSTENTAVEL



VIABILIDADE DA ETIQUETA VERDE APLICADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL



O setor da construção civil no Brasil está em aceleração e nos últimos anos a favorável mudança da linha de crédito abrangendo o perfil de média e baixa renda alavancou ainda mais os investimentos imobiliários.
Para atender esta demanda os investidores começam a entender que ferramentas de gestão do projeto/obras e práticas de sustentabilidade são a garantia para o sucesso do empreendimento a curto prazo, gerando economia financeira e principalmente dos recursos naturais como água e energia em um ciclo contínuo.

“A mudança no financiamento do setor tornou possível otimizar ganhos, aumentando a velocidade de construção e o giro de capital. A mudança de escala das construtoras torna rentável investir em novas tecnologias.” (Vanderley M. John, Vahan Agopyan e Maria Angélica Covelo Silva, coordenadores técnicos da Conferência sobre Construção civil mundial em debate -mmarço/2008)

A importância do tema se faz pela grande parcela que a construção civil contribui para o PIB do país.
O PIB (Produto Interno Bruto) de acordo com
site (R7 - AGÊNCIA BRASIL) , representa a soma das riquezas geradas pelo conjunto dos mais diversos setores no país. Ele mede a diferença entre o custo de se produzir e o que se obtém como fruto dessa produção, o chamado valor agregado. O indicador é composto por itens como consumo das famílias e despesas do governo, informações sobre as exportações e importações, além dos investimentos (formação fixa de capital bruto).
Os números revelados pelo PIB têm impacto direto na população, pois são indicadores determinantes da qualidade de vida, segundo a economista Beatriz David, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
De acordo com a Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior o setor de construção civil, que engloba edificações e construção pesada, responde por cerca de 10,3% do PIB nacional.
A aplicabilidade destas ferramentas associada a treinamentos contínuos dos profissionais envolvidos em todos os processos do produto “obra” completado pelo atendimento as legislações que as interagem, são a melhor garantia de resultados para o equilíbrio do homem moderno com o meio ambiente expresso pelos bens naturais.


Como a Etiqueta Verde contribui como ferramenta de gestão para o desenvolvimento sustentável na construção civil?

A etiqueta verde é representada por 03 (três) certificações aqui no Brasil: LEED, AQUA E SUSTENTAX.
Todas permitem a avaliação das edificações através de conceitos e critérios de Ecoconstrução e Ecogestão.
A necessidade da aplicação destas ferramentas aliada a tecnologia cresce a cada ano com a exigência da clientela corporativa (empreendedores e compradores).
Entende-se hoje que a etiqueta verde não surgiu como um agregado comercial mas um real comprometimento que os profissionais da área civil precisão estabelecer para garantir o menor impacto que a verticalização das cidades geram e contribuir com a redução do consumo desordenado dos recursos naturais.

No Brasil a etiqueta verde surgiu há apenas 04 (quatro) anos e apenas construtoras de grande porte e alguns profissionais do meio civil mais renomados começam a inserir em seus empreendimentos os conceitos, práticas e técnicas construtivas sustentáveis.
Lentamente vemos algumas divulgações em feiras e congressos que começam a disseminar a importância da implantação da etiqueta verde na construção civil.
Temos algumas legislações correlacionadas que atuam sobre as aprovações dos empreendimentos nos órgãos públicos, com o intuito de gerenciar, controlar e minimizar o impacto que a construção civil gera, mas nenhuma ainda tão especifica que exija a utilização dos conceitos básicos que regem o certificado LEED.
Em 2008 a prefeitura de São Paulo criou o dimensionamento de sistemas de aquecimento solar à luz com o Decreto nº 49.148, de 21 de janeiro de 2008 que Regulamenta a Lei n° 14.459, de 3 de julho de 2007, que acrescenta o item 9.3.5 à Seção 9.3 - Instalações Prediais do Anexo I da Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992 (Código de Obras e Edi!cações) e dispõe sobre a instalação de sistema de aquecimento de água por energia solar nas novas edificações.

“É obrigatória a instalação do SAS (Sistema de Aquecimento Solar) nas novas edificações do Município de São Paulo destinadas às categorias de uso residencial e não-residencial.”

De acordo com o guia de parametrização solar de São Paulo, criado por várias instituições trata-se de um documento de grande importância para a cidade de São Paulo e para todo Brasil, representando um sinal da maturidade com que o setor empresarial passa tratar o tema aquecedor solar como parte fundamental de qualquer programa de sustentabilidade na cadeia da construção civil.
Os parâmetros desenvolvidos pelo grupo de trabalho composto por membros da ABRASIP, ABRAVA e ABRINSTAL permitirão aos profissionais envolvidos com projetos conceber edificações multifamiliares que recebam o aquecimento solar como tecnologia integrada avaliando as exigências previstas na lei e fornecendo parâmetros para elaboração de estudos técnicos de viabilidade da implantação da tecnologia.
Em 2003 a PROCEL - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica criou o selo PROCEL EDIFICA.
Conforme o site da empresa, a atuação é de forma conjunta com o Ministérios de Minas e Energia, o Ministério das Cidades, as universidades, os centros de pesquisa e entidades das áreas governamental, tecnológica, econômica e de desenvolvimento, além do setor da construção civil.
O PROCEL promove o uso racional da energia elétrica em edificações desde sua fundação, sendo que, com a criação do PROCEL EDIFICA, as ações foram ampliadas e organizadas com o objetivo de incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc.) nas edificações, reduzindo os desperdícios e os impactos sobre o meio ambiente.
O consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no país. Estima-se um potencial de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em edificações.
Buscando o desenvolvimento e a difusão desses conceitos, o Procel Edifica vem trabalhando através de 6 vertentes de atuação: Capacitação, Tecnologia, Disseminação, Regulamentação, Habitação e Eficiência Energética e Planejamento.


A importância da sustentabilidade na construção civil

Tese de muitos doutores como o professor Jhon, Vanderley M. em meados de 2002 tinham como uma das principais preocupações da construção civil os resíduos sólidos, provenientes de demolições e descarte dos restos de materiais não utilizados durante a execução da obra (entulho). Material este que muitas vezes eram depositados em locais impróprios sem controle dos aterros ou simplesmente abandonados pelas ruas.
Hoje além deste foco a construção civil precisa atender muito mais as exigências da clientela imobiliária e as construtoras começam a direcionar o olhar da construção civil e arquitetura para alem de empreendimentos sofisticados a excelência em eficiência desde a concepção dos projetos, no canteiro de obras e na manutenção dos empreendimentos pós-entrega.
De acordo com Silva (2009) o sucesso empresarial será revertido para sociedade, mas algumas dificuldades devem trazer preocupação aos projetistas, aos fabricantes de materiais e à mão-de-obra técnica e gerencial. Em cidades com acelerada inserção de obras no meio urbano, o impacto negativo da construção pode ir além do custo do metro quadrado.

A construção civil é tão poluente como os carros e as indústrias, pois contribuem para o desmatamento das florestas, o aquecimento global, o uso irracional de água, o efeito estufa e os ruídos urbanos, entre outros fenômenos. No mundo, construção civil consome cerca de 25% da madeira de uso não combustível, 40% dos materiais e energias e 17% da água doce. Para combater a imagem da construção como “acidente ecológico”, os princípios da construção sustentável seriam uma nova maneira de abordar a elaboração do programa da edificação, a concepção, a realização e a gestão dos prédios.
Algumas medidas podem ser tomadas pelos arquitetos e projetistas para a elaboração de um edifício visando a redução do impacto sobre o meio ambiente:


optar por implantações e orientações de prédios que respeitem as características do terreno e o clima;
privilegiar tratamentos paisagísticos;
escolher materiais adaptados ao entorno e provenientes de locais próximos;
otimizar o sistema construtivo evitando super dimensionamentos;
implantar sistemas de gestão de resíduos durante a obra e procedimentos limpos;
favorecer o uso de luz natural;
buscar o equilíbrio entre iluminação e sistemas de ventilação naturais e artificiais;
prover o edifício de sistemas de geração de energia e consumo renovável;
economizar água potável;
reduzir as perdas no aproveitamento da água de chuva;
escolher equipamentos sanitários eficientes;
reduzir a área impermeável;
otimizar o saneamento das águas residuais;
garantir a gestão de águas pluviais no terreno;
implantar de técnicas de depuração de esgotos antes de ir para rede pública;
escolher materiais para tubulações hidráulicas que não contaminem a água;
proteger a rede de distribuição coletiva de água;
fazer um levantamento de usos dos futuros resíduos que serão produzidos pelo prédio;
prever locais específicos para cada tipo de resíduo, a coleta e reaproveitamento;
elaborar projetos de acordo como clima da região e o uso do edifício visando a redução do consumo energético por equipamentos de climatização;
analisar o comportamento acústico na definição da volumetria do edifício;
providenciar proteção acústica natural e artificial;
usar elementos de proteção solar;
prever meios de controle e regulação necessários à iluminação natural para evitar o superaquecimento;
utilizar materiais e produtos menos contaminantes;
escolher materiais normatizados;
pressupor a ergonomia no projeto;
incentivar o uso de transportes públicos e ciclovias;
observar a legislação vigente de acessibilidade e promover a integração de usuários portadores de deficiências.

Existem inúmeras medidas para criar um projeto que provoque o menor impacto ambiental. Porém essas medidas devem ser analisadas e aplicadas em todas as fases do ciclo de vida do edifício desde a programação, concepção, execução, ocupação, manutenção, reabilitação e eventual demolição.
Nas áreas do planejamento arquitetônico e urbanismo também devem ser tomadas algumas medidas para implantação de um programa de desenvolvimento sustentável, tais como:

pesquisar o emprego de novos materiais na construção;
reestruturar a distribuição de zonas residenciais e industriais;
reciclar materiais reaproveitáveis e
buscar fontes alternativas de energia.

A adoção da sustentabilidade pelas empresas do setor da construção servirá para que sejam atingidos alguns objetivos estratégicos mas, mais importante, para desenvolver a consciência das pessoas no ambiente de negócios.

o texto acima é parte da monografia apresentada como requisito parcial para a aprovação no curso de Pós Graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Nove de Julho.

Professor Orientador: Eliacy Cavalcanti Lélis